Entenda exatamente o que é a logística do agronegócio, seus principais desafios, e como a tecnologia pode ajudá-lo a atingir o próximo patamar de performance e lucratividade.
O Agronegócio é indiscutivelmente o setor econômico mais forte do Brasil, tendo alcançado participação recorde de 26,6% do PIB nacional em 2020. Somos o 3º maior exportador de commodities agrícolas do mundo, com forte tendência ao topo.
Além das dádivas naturais do Brasil, como clima favorável e solo fértil, os investimentos pesados em pesquisa e tecnologia agronômica, zootécnica e de engenharia de produção estão entre os principais fatores que levaram a esse crescimento consistente.
No entanto, principalmente num país ultra desenvolvido no setor, essas tecnologias agropecuárias já são tão “commodities” quanto a própria soja e o milho: implementadas em praticamente todos os grandes players e não mais servindo como diferencial.
Sendo assim, quais diferenciais competitivos podem ser alcançados por uma empresa do agronegócio? Como reduzir custos e aumentar a lucratividade no agronegócio?
É aí que entra em cena a logística do agronegócio, o maior diferencial competitivo do setor agropecuário.
Neste artigo, você entenderá exatamente o que é a logística do agronegócio, seus principais desafios, e como a tecnologia pode ajudá-lo a atingir o próximo patamar de performance e lucratividade.
O que é Logística no Agronegócio?
A logística no agronegócio, ou logística rural, é um ramo da administração responsável por toda a movimentação e armazenamento de suprimentos e produtos agroindustriais.
Quando aplicada ao agronegócio, a logística lida com fatores ainda mais importantes e sensíveis. Quase todos os produtos são perecíveis e “exigentes” com relação a condições de armazenagem e transporte.
Além disso, a operação toda é dependente de ciclos produtivos (safras), isto é, é irregular e com períodos de pico inevitáveis e especialmente perigosos.
A qualidade da logística no agronegócio é absolutamente determinante para o desempenho da empresa inteira. A produção agroindustrial depende da boa execução da logística para sequer existir (através de insumos), e posteriormente, para ser transformada em lucro.
Sendo assim, os principais objetivos da logística no agronegócio estão diretamente ligados a indicadores de desempenho.
Por mais complexos que esses indicadores possam parecer, no final das contas, a lucratividade consiste basicamente em fazer a cadeia logística funcionar “rápida e sempre”: sem interrupções, sem atrasos, sem falhas de comunicação.
A logística no agronegócio é dividida em 2 etapas, com suas particularidades e desafios. São elas:
Logística de suprimentos
A logística de suprimentos refere-se à distribuição de insumos para os produtores rurais e agroindústrias, essenciais para o desenvolvimento dos produtos e funcionamento da agricultura, pecuária ou agroindústria. Veja alguns exemplos de produtos envolvidos nesta cadeia logística:
Suprimentos agropecuários:
- Fertilizantes e adubos
- Sementes
- Defensivos agrícolas
- Rações
- Medicamentos e vacinas para animais
- Maquinas agrícolas
Suprimentos industriais:
- Maquinário industrial
- Aditivos químicos
- Embalagens
Um importante fator sobre a logística de suprimentos é que alguns deles, como o adubo, são mercadorias com valores baixíssimos. Por isso, não raro, o custo logístico supera o valor de compra do produto transportado. Daí, a importância de otimizar esse processo.
Além disso, atrasos e erros operacionais na logística de suprimentos impedem o funcionamento das fazendas e fábricas, atrasando a produção e impactando toda a atividade da empresa.
Logística de distribuição
Em contrapartida à logística de suprimentos, a logística de distribuição refere-se ao escoamento da produção agropecuária. É aqui que se concentram os principais custos logísticos, principalmente quando envolve a exportação das mercadorias.
Trata-se da etapa mais delicada da logística no agronegócio, pois envolve cargas de grande volume e com diferentes exigências de embalagem, armazenagem, temperatura, umidade relativa do ar, entre outros fatores essenciais para proteger a mercadoria.
Principalmente quando tratamos da logística de commodities como a soja e o milho, para distribuição interna ou importação, a cadência de operações como carga, transbordo e armazenagem faz toda a diferença na lucratividade dos envolvidos.
Para atingir um alto desempenho na logística de distribuição, uma comunicação ágil e precisa entre os envolvidos é fundamental. Só assim é possível garantir que as operações aconteçam no tempo e volume planejados, pelos valores combinados entre as partes, sem prejuízos.
Sustentabilidade da logística no agronegócio
Devido ao enorme volume produtivo da agroindústria, o setor frequentemente é citado quando o assunto é o meio ambiente.
Justamente por isso, os esforços da logística no agronegócio para reduzir os impactos ambientais de suas atividades é de extrema importância, principalmente para os grandes players.
Dentro do agronegócio, a logística verde tem características mais específicas, e considera principalmente os seguintes aspectos:
- Uso correto e descarte adequado de agrotóxicos e defensivos agrícolas, bem como suas embalagens;
- Otimização de rotas e de frota para redução do consumo de combustíveis;
- Reduzir desperdício de água na produção agrícola
- Aproveitamento máximo de espaço em armazenagem e contêineres de transporte.
- Redução de desperdício em todas as etapas da cadeia logística.
Atores da Logística no Agronegócio
Ao longo da cadeia de suprimentos da logística no agronegócio, temos 4 principais tipos de participantes ou operadores logísticos.
Embarcador
O embarcador é o responsável pela contratação do frete e dos demais operadores logísticos envolvidos na logística no agronegócio, podendo ser vendedor ou comprador, dependendo da modalidade de frete definida em contrato.
Neste sentido, o embarcador pode ser tanto uma empresa quanto uma pessoa física. No caso de empresas, identificamos como “embarcador” o profissional de logística responsável pela contratação do frete, transbordo, seguro de carga, entre outros processos.
O objetivo primário do embarcador é garantir que a mercadoria chegue ao destino dentro do prazo, com o menor custo possível.
Transportador
O transportador é a empresa ou autônomo responsável pela execução do frete, isto é, movimentar o produto físico de um ponto ao outro.
Ao transportador, cabe a responsabilidade de emitir os documentos fiscais eletrônicos como o CT-e, bem como cumprir os prazos de entrega e os limites de quebra técnica da mercadoria ao longo do trajeto.
As etapas de transporte da cadeia logística no agronegócio podem incluir diversos modais de transporte, entre eles:
- Rodoviário
- Ferroviário
- Aquaviário
Ao longo da supply chain, diversos transportadores podem ser contratados para realizar o frete de um mesmo contrato de compra e venda.
Terminal de transbordo
Terminais de transbordo são operadores logísticos responsáveis por receber, armazenar e transferir mercadorias entre um meio de transporte e o outro, formando lotes proporcionais e agilizando a cadeia logística.
A principal forma de transbordo encontrada na logística do agronegócio é o chamado “rodo-ferroviário“, isto é, o terminal descarrega caminhões, armazena a mercadoria e, posteriormente, carrega em trens (ou o contrário), que cumprem o trajeto até o porto.
Trata-se de um serviço essencial para reduzir a dependência do modal rodoviário, reduzindo custos logísticos e aumentando o giro de mercadorias.
Terminal portuário
Portos e recintos aduaneiros são as instituições responsáveis pelo despacho dos produtos agropecuários vendidos no mercado internacional, através de navios.
Também podem ser considerados terminais de transbordo multimodal, pois também reúnem mercadorias vindas de diversos caminhões para formar lotes e trocar para o modal aquaviário.
Trata-se de uma operação complexa, que exige enorme investimento. Boa parte da exportação de commodities brasileira se concentra nos portos de Santos e Paranaguá, por estarem mais próximos das regiões produtoras de commodities.
Principais desafios da Logística no Agronegócio
Muitos especialistas afirmam que a logística é o principal problema do agronegócio brasileiro. Nossos custos logísticos são muito maiores do que a média internacional, por várias razões. Algumas delas são:
- Dependência extrema do modal rodoviário: cerca de 70% do transporte de mercadorias no Brasil é feito por caminhões em rodovias, um modal ágil e prático, mas caríssimo quando consideramos a dimensão do nosso território.
- Infraestrutura precária das estradas: com apenas 12,2% das estradas asfaltadas e 61% das vias em ruim ou péssimo estado, nossa malha rodoviária aumenta os custos de manutenção dos caminhões, o consumo de diesel e a quebra técnica (perda de mercadorias pelo caminho), principalmente de grãos.
- Congestionamento portuário: a quantidade e eficiência dos portos e terminais portuários no Brasil é desproporcional à nossa produção. Dificuldade de acesso aos terminais de carga e processos burocráticos causam grandes filas em tempos de safra, aumentando os custos logísticos.
- Carga tributária elevada: a carga tributária sobre operações logísticas no Brasil é uma das maiores do mundo. Além dos valores elevados, a complexidade do sistema tributário também exige investimentos em equipes especializadas.
- Erros críticos de gestão: existe grande dificuldade dos gestores em planejar e gerenciar a cadeia logística, principalmente em períodos de safra. As menores perdas de informação e falhas de comunicação podem levar a prejuízos enormes, que podem até mesmo passar despercebidos, drenando a lucratividade da empresa.
Solucionar isso depende de inúmeros fatores, incluindo tanto iniciativas públicas quanto privadas. No entanto, o principal deles está em suas mãos: a qualidade da gestão logística no agronegócio.
Como a tecnologia pode melhorar a logística no agronegócio?
Entendemos que a logística no agronegócio definitivamente não é algo simples. Trata-se de uma área repleta de problemas e desafios, que em volume suficiente, tem potencial para arruinar a lucratividade de uma empresa agroindustrial.
Mas lembre-se que, ainda assim, o Brasil é o terceiro maior exportador agrícola do mundo, e as agroindústrias estão entre os negócios mais bem sucedidos do nosso país.
Ou seja: o agronegócio é um setor poderoso mesmo com tantos problemas em sua logística. Agora imagine o potencial do nosso mercado se superarmos esses problemas!
Mas… como?
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O que é o Velog?
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Implementamos cada funcionalidade do Velog a partir das necessidades reais do dia-a-dia de cooperativas agroindustriais, commodity traders, usinas de açúcar e etanol, indústrias de alimentos, terminais multimodais de transbordo, entre outros segmentos do agronegócio.
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Top artigo, achei por acaso… Muito Legal!!!
Muito obrigado, Laura! Continue acompanhando o blog para mais conteúdos sobre logística no agronegócio. 🙂
artigo bem elaborado. estou fazendo um trabalho na faculdade sobre logistica no agronegocio, e esse artigo tem muitas informações que eu estou pesquisando. achei bem legal.