Chegou a hora de falarmos sobre uma velha conhecida dos profissionais de logística no agronegócio: a quebra técnica de grãos, um problema que não podemos eliminar, mas podemos controlar para proteger a lucratividade da operação.
Neste artigo, vamos analisar e compreender a quebra técnica a fundo: o que é, por que é importante, quais são as principais causas, como monitorar e como calcular a taxa de quebra, de forma manual ou automática.
O que é quebra técnica de grãos?
Quebra técnica é o nome dado à diferença no peso dos grãos, como soja e milho, entre o início e o fim de uma etapa da cadeia logística, isto é, o peso perdido durante o trajeto ou período de armazenagem.
Tratando-se de cereais, o peso é a medida mais convencional para quantificar a mercadoria e atribuir o valor comercial. Deste modo, a quebra técnica impacta diretamente no valor do produto e na lucro do proprietário da mercadoria.
Por essa razão, o tema é recorrente no mundo da logística no agronegócio. Discussões e estratégias para mitigar o problema ou ao menos ter controle preciso sobre as taxas de quebra são fatores essenciais para o bom funcionamento da cadeia logística.
A quebra técnica ocorre principalmente em dois estágios da cadeia de suprimentos: o transporte e a armazenagem, com diferentes características, taxas, agentes causadores e estratégias de prevenção e monitoramento.
Vamos explorar e compreender a dinâmica da quebra técnica em cada um destes cenários.
Quebra técnica na unidade de armazenamento
A forma mais conhecida de quebra técnica de grãos é a que ocorre na unidade de armazenamento, na qual os estoques de grãos em silos e depósitos sofrem redução de peso ao longo do tempo.
A quebra de grãos armazenados é causada principalmente por fatores naturais, como:
- Respiração dos grãos e dos microorganismos internos
- Perda natural de umidade pela evaporação
- Infestação de pragas
Embora estes dois primeiros fatores sejam inevitáveis, as instalações de armazenamento de grãos mais modernas oferecem recursos para reduzir a taxa de quebra, como controle de umidade do ar, temperatura e aeração periódica.
Já a infestação de pragas, que além de causarem quebra técnica também impactam na qualidade dos grãos, é considerada evitável, sob responsabilidade da unidade de armazenamento.
No Brasil, a maior parte dos armazéns de soja, milho, trigo e arroz trabalham com a taxa de quebra esperada de 0,3% ao mês. Este valor costuma ser ressarcido integralmente ao proprietário da mercadoria, variando de acordo com o contrato.
Quebra técnica no transporte
A quebra técnica durante o transporte refere-se principalmente à queda dos grãos na estrada, causada por movimentos bruscos do caminhão e das carretas, o que cria uma diferença entre o peso carregado no veículo e o peso descarregado no pátio.
De acordo com pesquisa realizada pelo Conab, existem três principais causas, correlacionadas entre si, para a quebra técnica de grãos durante o transporte:
- Más condições das rodovias
- Precariedade da frota de caminhões
- Imprudência dos motoristas
Neste tipo de quebra, a transportadora e o motorista são responsabilizados, gerando um desconto sobre a tarifa de frete ou mesmo uma cobrança isolada de acordo com o percentual de quebra.
Algumas empresas estabelecem margens de tolerância de quebra, mas não há um padrão obrigatório e as regras variam de acordo com o contrato.
Como calcular a quebra técnica?
Quando falamos de quebra técnica, estamos falando de prejuízo, literalmente. A responsabilização e repasse desse prejuízo é essencial para a cadeia logística do agronegócio.
Deste modo, é fácil perceber a importância de calcular a taxa de quebra com a maior precisão possível. Mas como isso é feito?
No caso da quebra técnica em armazém, a própria infraestrutura dos silos e depósitos permite a pesagem periódica dos grãos. De todo modo, a precisão da pesagem no momento de entrada e de saída da mercadoria são essenciais.
Já no caso da quebra durante o transporte, utiliza-se as informações contidas nos relatórios de carga e relatórios de descarga, ou até mesmo nos documentos fiscais eletrônicos (NF-e e CT-e) referentes ao transporte.
Em ambas as modalidades, o cálculo é simples: a quebra técnica bruta é a diferença entre o peso inicial e o peso final da mercadoria (Q = pI – pF). Já o percentual de quebra é obtido dividindo a quebra bruta pelo peso inicial e multiplicando o resultado por 100.
Cálculo automático de quebra técnica
Como pôde notar, o cálculo da quebra não é tão complexo. No entanto, considerando o volume operacional dos terminais de carga e descarga, principalmente em períodos de safra, pode se tornar um problema.
Nestes cenários, o cálculo manual de quebra técnica torna-se inviável, sendo um dos fatores capazes de prejudicar a cadência operacional do pátio e piorar o problema das filas de caminhões.
É aí que surge a necessidade do cálculo automático de quebra técnica.
Através de um software TMS inteligente como o Velog TMS, a equipe de faturamento pode configurar o processamento automático dos documentos de carga e descarga, bem como as NF-es e CT-es vinculadas a cada serviço.
A partir das informações coletadas nestes documentos, o software obtém a taxa de quebra de cada operação, e ainda aplica suas regras de negócio pré-definidas para determinar se haverá cobrança do transportador, e qual o valor exato.
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